
Dr. Rafael Amaral de Castro, CRM-DF 13827
CLÍNICA MÉDICA - RQE Nº: 9934
ONCOLOGIA CLÍNICA - RQE Nº: 10032
Entenda os tratamentos oncológicos e sua aplicações prática.
Neste espaço, abordaremos os tratamentos oncológicos, como funcionam e possíveis efeitos colaterais. O objetivo é fornecer informações valiosas para pacientes e médicos de outras áreas.
Dr Rafael Amaral de Castro - CRM 13827 - DF
5/8/20244 min read

Assista o vídeo resumo aqui
Assista o que é o DNA e como funciona aqui
Assista o que acontece no câncer aqui e aqui
A Quimioterapia em Oncologia: A base da Oncologia Moderna.
História
A quimioterapia oncológica teve seu início no contexto da Segunda Guerra Mundial com a observação dos efeitos tóxicos das mostardas nitrogenadas nas células de medula óssea. Esse marco levou ao desenvolvimento do primeiro agente quimioterápico eficaz contra neoplasias, abrindo portas para a pesquisa sistemática e desenvolvimento de diversos fármacos com diferentes mecanismos, que hoje formam a base do tratamento medicamentoso do câncer.
Classificação dos Subtipos de Quimioterapias Clássicas existentes:
A quimioterapia pode ser classificada com base no mecanismo de ação e na especificidade do ciclo celular. As principais categorias incluem: agentes alquilantes, antimetabólitos, alcaloides da vinca, taxanos, inibidores da topoisomerase, antraciclinas, platinados, entre outros, cada um atuando em diferentes alvos celulares e fases do ciclo celular, com implicações diretas nas estratégias terapêuticas.
Mecanismos de Ação com Detalhamento das Classes
1. Agentes Alquilantes
São compostos ciclo celular-inespecíficos que formam ligações covalentes com grupos alquila em bases do DNA, especialmente guanina, promovendo o cruzamento (cross-link) entre as fitas da dupla hélice. Isso impede a separação das fitas e bloqueia a replicação e transcrição do DNA, resultando em apoptose celular. Exemplos incluem mostardas nitrogenadas, ciclofosfamida, e nitrosuréias.
2. Platinados
São análogos dos agentes alquilantes que provocam principalmente cross-links inter e intra-fita no DNA, bloqueando sua função. A cisplatina, carboplatina e oxaliplatina são os principais exemplos. Eles induzem a formação de adutos de platina no DNA, interferindo na replicação e transcrição, levando à morte celular. Estes compostos são fundamentais em tumores como câncer de pulmão, ovário e colorretal. Veja o vídeo aqui
3. Antimetabólitos
Estes fármacos são análogos estruturais de precursores de DNA e RNA, agindo de forma específica na fase S do ciclo celular, inibindo a síntese de ácidos nucleicos. Exemplos importantes são o metotrexato (inibe a diidrofolato redutase), 5-fluorouracil (inibe a timidilato sintetase), citarabina e gemcitabina (inibem DNA polimerase) e análogos de purinas como a mercaptopurina. Eles impedem a síntese ou incorporação de nucleotídeos, interrompendo a proliferação celular.
4. Antraciclinas
Esses agentes incluem a doxorrubicina e daunorrubicina, que exibem múltiplos mecanismos de ação: inserção (intercalamento) entre as bases do DNA, inibição da topoisomerase II *(enzima que desenrola o DNA durante a replicação), e geração de radicais livres que danificam o DNA e membranas celulares. Essa combinação resulta em quebras das fitas de DNA e apoptose celular.
*veja o vídeo sobre a topoisomerase aqui
5. Inibidores de Topoisomerase
Incluem compostos como irinotecano (topoisomerase I) e etoposídeo (topoisomerase II), que bloqueiam a ação dessas enzimas essenciais para aliviar a tensão do DNA durante a replicação. A inibição resulta em quebras irreparáveis da fita simples (irinotecano) ou dupla (etoposídeo) do DNA, desencadeando a morte celular.
6. Alcaloides da Vinca
São agentes mitóticos que se ligam à tubulina, inibindo a polimerização dos microtúbulos e bloqueando a formação do fuso mitótico na metáfase. O resultado é a parada do ciclo celular, impedindo a divisão celular. Vincristina e vinblastina são exemplos clássicos.
7. Taxanos
Diferentemente dos alcaloides da vinca, os taxanos (paclitaxel, docetaxel) estabilizam os microtúbulos e impedem sua descontaminação, também bloqueando a metáfase da mitose. Esse mecanismo leva à parada na divisão celular e morte. Veja o vídeo aqui
Formas de Aplicação
A quimioterapia é aplicada predominantemente por via intravenosa, com uso de cateteres especializados para minimizar complicações, além de formas orais, intramuscular, subcutânea e intratecal conforme a farmacocinética e local do tumor. Cada via apresenta vantagens e desafios específicos que devem ser considerados na decisão terapêutica.
Efeitos Colaterais e Manejo
A toxicidade sobre células normais com alta taxa de renovação, como medula óssea, epitélios digestivo e folículos capilares, explica as principais toxicidades: mielossupressão, mucosite, náuseas, alopecia e mais. O manejo inclui suporte hematológico, antieméticos modernos, prolaxia antimicrobiana e cuidados multidisciplinares para preservar a funcionalidade e qualidade de vida.
Risco de Extravasamento
Em virtude da administração intravenosa de drogas vesicantes como antraciclinas e alcaloides da vinca, o extravasamento representa complicação grave, requerendo vigilância rigorosa, protocolos formais de intervenção rápida e uso de antídotos específicos para minimizar danos teciduais.
Importância do Centro Especializado
O manejo da quimioterapia em centros especializados assegura administração correta, monitorização avançada, manejo de toxicidades e suporte multidisciplinar fundamental para melhores resultados clínicos e segurança do paciente.
Novidades e Avanços
Recentes avanços incluem terapias combinadas de quimioterapia com imunoterapia, drogas conjugadas a anticorpos que direcionam o quimioterápico especificamente para células tumorais, e estratégias personalizadas conforme perfil genético tumoral, ampliando a eficácia e reduzindo toxicidades.
Conclusão e Mensagem
A quimioterapia mantém-se essencial no arsenal oncológico, evoluindo com inovação contínua. Sua aplicação requer expertise e centros especializados para o melhor manejo. Com a integração das novas terapias e a medicina de precisão, há perspectivas reais de melhora dos desfechos. Venha acompanhar essas atualizações e a obter mais informações no site neoaccess.med.br, ferramenta de referência para oncologia atualizada. Visite também nossos links abaixo:
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