
Dr. Rafael Amaral de Castro, CRM-DF 13827
CLÍNICA MÉDICA - RQE Nº: 9934
ONCOLOGIA CLÍNICA - RQE Nº: 10032

Exames de Imagem em Oncologia: O Que Você Precisa Saber
Você sabe qual a importância dos exames de imagem no combate ao câncer? Neste vídeo essencial, o Dr. Rafael Amaral de Castro desvenda o universo dos principais exames oncológicos de imagem, explicando como cada um deles contribui para o diagnóstico preciso, o estadiamento da doença e o monitoramento eficaz do tratamento.
Dr Rafael Amaral de Castro
9/17/20254 min read



Introdução aos exames de imagem em Oncologia
No campo da oncologia, os exames de imagem desempenham um papel crucial na detecção, monitoramento e tratamento do câncer. Para pacientes oncológicos, entender as opções de exames de imagem disponíveis é fundamental. Este artigo discute os exames mais comuns, como tomografia computadorizada, PET-CT e ressonância magnética, abordando seu funcionamento, diferenças e cuidados necessários.
Tomografia Computadorizada (TC)
A tomografia computadorizada, ou TC, utiliza raios X para criar imagens detalhadas do interior do corpo. O exame consiste na obtenção de várias imagens em seções transversais, que são processadas por um computador para formar uma visualização tridimensional. A TC é particularmente eficaz na visualização de tumores e na avaliação da extensão da doença. Utiliza radiação ionizante e, geralmente, contraste iodado para melhor visualização das lesões. É necessário jejum de 4 horas em exames com contraste, além da avaliação da função renal e alergias.
Ressonância Magnética (RM): Uma visão diferente
A ressonância magnética utiliza poderosos campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens detalhadas de órgãos e tecidos. Este exame é especialmente útil para visualizar estruturas do sistema nervoso central e também pode ajudar na avaliação de alguns tipos de câncer, como o carcinoma da próstata. Não usa radiação. É mais demorado que a tomografia e pacientes que não conseguem ficar parados (demência) ou com fobia a lugares fechados (claustrofobia) podem necessitar de sedação. Essa informação deve ser dada previamente a realização do exame pois exige preparo e cuidados especiais. Pode-se usar contraste à base de gadolínio, com cuidado em pacientes com insuficiência renal (mas não é impeditivo). Contraindicações incluem marca-passo incompatível ou fragmentos metálicos magnéticos. Próteses geralmente são de titânio (metal não magnético) e geralmente pode-se fazer o exame (embora prejudique a formação da imagem).
Cintilografia Óssea
Esse exame funcional utiliza um radiofármaco (geralmente tecnécio-99m) para detectar áreas de alta atividade óssea, comuns em metástases. Diferencia-se da densitometria óssea, que avalia a densidade mineral para osteoporose e não detecta câncer. Exige evitar esforço físico prévio e ingerir bastante água após o exame.
PET-CT: O que é e como funciona?
.O PET-CT combina a tomografia com a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET), integrando imagens anatômicas às informações fisiológicas da atividade metabólica das células tumorais. Essa integração aumenta a precisão do exame.
Como funciona: O exame usa um radiofármaco, mais comum é o 18F-FDG (fluordesoxiglicose), uma molécula semelhante à glicose, marcada com flúor-18, que se acumula nas células com alta atividade metabólica, como as tumorais. Esse flúor carrega um pósitron (elétron com carga positiva, componente da antimatéria, que ao coligir com o elétron negativo, componente da matéria, se aniquilam e liberam o raio mais intenso do universo, o raio gama, que é captado pelo aparelho de TC).
Informação fisiológica: O PET-CT destaca regiões com maior captação do FDG, refletindo a atividade tumoral. Essa informação, junto à imagem anatômica da TC, permite diagnóstico mais preciso, estadiamento detalhado e avaliação da resposta ao tratamento.
Superioridade: Estudos mostram que o PET-CT pode detectar tumores menores e lesões metastáticas não visíveis em TC e RM, resultando em mudanças no plano terapêutico em até 30% dos casos.
Novidades: Novos Radiofármacos no PET
PET PSMA: usa um marcador específico para câncer de próstata, ligando-se à proteína PSMA nas células tumorais, aumentando sensibilidade e especificidade na detecção das metástases prostáticas.
PET DOTA: utiliza marcadores ligados a peptídeos para identificar tumores neuroendócrinos, permitindo avaliação funcional detalhada.
PET com marcador de estrogênio: é empregado para tumores de mama receptor hormonal positivo, ajudando a mapear a ativação de receptores de estrogênio e guiar terapias hormonais.
Essas tecnologias ampliam as possibilidades diagnósticas além do clássico FDG, personalizando a abordagem oncológica.
Parâmetros Importantes: O que é o SUV?
O SUV (Standardized Uptake Value) é um índice usado no PET para quantificar a captação do radiofármaco por uma lesão. Valores elevados indicam maior atividade metabólica, muitas vezes associada a tumores mais agressivos. O SUV ajuda a diferenciar lesões benignas de malignas e a monitorar a resposta ao tratamento.
Autorização e Rol da ANS
Os planos de saúde brasileiras, para liberar o PET-CT, costumam exigir comprovação de diagnóstico prévio do câncer. Muitos seguem o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que é uma lista oficial que define quais exames os planos são obrigados a cobrir. Atualmente, o PET-CT é indicado para vários tipos de câncer, como linfomas, tumores pulmonares, linfomas e câncer de próstata PSMA, conforme protocolos da ANS.
Outros exames:
Ecografia ou Ultrassonografia: utilizados como alternativas para pacientes com contra-indicacão aos outros exames ou para lesões mais superficiais. Em destaque para avaliação da tireóide, exame que exerce papel central na conduta desta neoplasia. Também ajuda na avaliação cardíaca, em especial quando em uso de drogas cardiotóxicas. Operador dependente.
RX (raio x): útil para exames de outras causas tais como fraturas, posicionamento de sondas ou identificação de focos de infecção como a sinusite.
Cuidados e precauções durante os exames de imagem
Ao realizar exames de imagem, é importante que os pacientes sigam algumas precauções. Por exemplo, a exposição à radiação em alguns exames, como a tomografia, deve ser minimizada. Antes do procedimento, discuta suas condições de saúde e histórico médico com o médico. Isso garante que o exame escolhido seja o mais seguro e eficaz para sua situação específica.
Links para mais informações
Para um entendimento mais profundo sobre cada um desses exames e suas aplicações na oncologia, recomenda-se visitar os seguintes links:
É de extrema importância que os pacientes sejam acolhidos e informados adequadamente sobre os procedimentos a serem realizados. Além de propiciar um ambiente seguro, isso ajuda a reduzir a ansiedade e a insegurança associadas ao diagnóstico e tratamento do câncer.
Para dúvidas ou questões, sinta-se à vontade para nos consultar. Estar bem informado é o primeiro passo para um tratamento eficaz.
Escrito por: Dr Rafael Amaral de Castro - CRM 13827- DF

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